Estivemos em
Marraquexe em inícios de Junho em que as temperaturas rondavam os 40ºc e era altura do ramadão. Apesar das altas
temperaturas que se faziam sentir, adorámos a experiência de ter sido numa
época tão especial para os Marroquinos, sem dúvida que nos sentimos muito
próximos da cultura muçulmana e lhe damos mais valor.
Para quem gosta do
diferente, de contrastes e é respeitante da cultura muçulmana, sem dúvida que
esta é a cidade certa. Não são todos que aguentam o que esta cidade nos pode
oferecer... como se costuma dizer, Marraquexe ou se gosta muito ou detesta-se.
Compra da Viagem
Quando nos surgiu a ideia de ir a Marraquexe, o primeiro
instinto foi dirigirmos-nos a uma agência de viagens, porque queríamos ir de um
modo mais seguro no entanto os preços estavam bastante mais acima dos que eram
apresentados na Internet então ptámos por fazer a compra na aplicação
edreams, pois se a compra fosse efectuada pela aplicação móvel usufruíamos de
um desconto de 15€ por pessoa. A viagem teve um custo de 130€ por pessoa e
aproveitámos o desconto dos 15€ para aplicarmos num seguro de viagem, pois como
nunca tínhamos ido a Marrocos achámos melhor prevenir, no entanto não foi
necessário.
Como queríamos que a
nossa viagem fosse económica, a viagem teve uma escala de 12 horas em Madrid,
mas havia a possibilidade de menos horas de escala, mas como não conhecíamos
Madrid, aproveitámos.
De Lisboa a Madrid
fomos pela easyjet e depois ryanair Madrid para Marraquexe e na volta foi da
mesma forma, Ryanair de Marraquexe para Madrid e easyjet Madrid para Lisboa.
Compra do Alojamento
Na escolha do
alojamento tivemos inúmeras dúvidas, pois o que queríamos era ficar num Riad e
que fosse próximo da Medina.
Quando vimos os preços, os riads mais interessantes estavam
um pouco acima das nossas possibilidades, então optámos por ficar num hotel
(Mogador Ópera), que teve um custo de 130€ para 2 pessoas (4 noites) sem pequeno-almoço.
Gostámos bastante do
hotel, ao final do dia sabia sempre bem dar um mergulho na piscina. O único
inconveniente era mesmo o acesso à Internet que não era de todo o melhor.
O hotel encontrava-se numa grande avenida onde tinham outros
estabelecimentos hoteleiros, cafés e restaurantes.
Roteiro para 1 dia em Madrid e 3 dias em Marraquexe
Marraquexe:
Medina
Túmulos Saadianos
La palmerie (Andar de Camelo)
Café dês epices
Palácio Bahia
Madrassa Bem youssef
Tanneries de Marraquexe
Banho Marroquino
Café Argana
Mesquita da koutoubia
Dia 1
Chegámos a Madrid às 9h00 da manhã e no aeroporto comprámos
o bilhete para o hop on hop off que teve um custo de 21€ e dava para todo o
dia. Apanhámos o metro até ao centro da
cidade (Gran Via) e mesmo na saída do metro encontrava-se a paragem do hop on
hop off completamente cheia de gente, mas como o tempo de espera entre autocarros
era muito pouca em cerca de 25 minutos conseguimos apanhar o autocarro.
Infelizmente não nos lembrámos do pormenor das nossas malas, apesar de serem
malas de cabine no autocarro só podiam ficar na parte de baixo, o que causou um
grande transtorno, pois o objectivo era ir na parte de cima para se ver melhor a
cidade, mas não podíamos deixar as malas na parte debaixo sozinhas.
Depois de fazermos um
dos roteiros com duração de cerca de 1h30, fomos almoçar num restaurante na
Gran Via, que fosse em conta. Pagámos cerca de 11€ cada um por um prato e
bebida.
Após o almoço fizemos a segunda parte do roteiro no
autocarro, que teve uma duração mais curta que o anterior e era um dia tão
quente (cerca de 41º) que no fim
terminámos na Plaza Mayor a tomar um refresco antes de seguirmos para o
aeroporto.
Conclusão: Para quem não tem muito tempo de escala e quiser conhecer um pouco da cidade, tentem arranjar um sítio para deixar as malas (talvez no aeroporto haja algum sítio). Aconselhamos esta viagem no
autocarro, pois podem sempre sair quando quiserem e visitar o que querem, pois
dentro de momentos aparece outro.
Chegámos a Marraquexe eram cerca das 21h00.
Como antes de irmos, tínhamos lido em bastantes blogues que
tudo era para regatear, assim fizemos...
Mas fomos literalmente atacados por imensos taxistas e
tentámos negociar o preço, mas todos pediam-nos 10€ e por mais que tentássemos
baixar diziam que era o preço nocturno, como não estamos habituados a estas
coisas lá fomos nós. Depois apercebemos-nos que havia uma estrada mesmo ao lado
do aeroporto (como era de noite não vimos logo) e que a melhor ideia era termos
ido para lá e apanhar o táxi. Ficaria mais barato garantidamente.
A meio do caminho o
taxista volta-nos a perguntar o nome do hotel e percebemos então que ele não
fazia a mínima ideia de onde era. Dizemos-lhe o nome da rua e por milagre
deixa-nos no sítio certo.
Depois de darmos
entrada no Hotel, era então a altura de avisar a família que tínhamos chegado
bem, mas a Internet era tão má que desistimos.
Jantámos no
Mc'Donalds, pois já era muito tarde e não havia restaurantes a servir jantares,
apesar de ser a altura do Ramadão.
Dia 2
O pequeno almoço no hotel era caro (7,5€), tendo em conta
que estamos em Marrocos... portanto como não tínhamos isso incluído perguntámos
onde podíamos tomar o pequeno almoço, sugeriram-nos então o Mc'donalds,
obviamente que não era bem isso que tínhamos em mente, mas parecia tudo
fechado, até que um taxista que se encontrava sempre à porta do nosso hotel, se
apercebeu e disse-nos que apesar dos cafés nessa Avenida parecerem fechados, na
realidade não estavam, era por causa do Ramadão que estavam assim, mas que os
turistas podiam usufruir do serviço. Acompanhou-nos até a um café (café du
Théâtre) a uns escassos metros do hotel, que se tornou o nosso sítio
predilecto. O pequeno almoço tinha um custo de cerca de 3,30€ no entanto era
muito bom e enchia bastante (sumo de laranja + café+ pão no prato + queijo +
azeitonas + manteiga + 1 cesto de pão +
sopa (típico de Marrocos, parece água misturada com farinha, não
gostei)), sempre que pedíamos mais pão ou manteiga não nos era cobrado por isso
e faziam-no sempre com um sorriso na cara.
Depois do pequeno almoço dirigimos-nos até à Medina, pois no
mapa parecia perto, mas ainda era uma caminhada bastante longa. Pelo caminho,
já cansados e ainda longe da Medina decidimos apanhar um coche, que nos cobrou
20€ por um tour de 1hora e a terminar na Medina.
Sempre que se propõe
a fazer um tour, os "guias" param em determinados sítios para nos fazerem comprar coisas e ganharem comissões com isso, portanto preparem-se...
Perto da Medina encontravam-se os Túmulos saadianos, a
entrada tem um custo de 2,5€ por pessoa.
Depois seguimos então para Medina... é um local onde se fica
espantado com as ruas estreitas, os cheiros, os sons, as cores quentes, as
especiarias, o espectáculo dos macacos, as cobras, enfim tudo é hipnotizante.
É um sítio onde nos vamos perder e será impossível de não
comprar qualquer coisa!
Antes de nos perdermos na Medina, decidimos almoçar, por ali
mesmo qualquer coisa rápida e seguimos para dentro da Medina. Foram horas e
horas por ali perdidos, mas valeu a pena.
Como sempre, estão a toda a hora impingindo aos turistas
para comprarem, basta eles verem que estão a olhar lá vão eles insistir para
comprar e fazer com que regateie.
Entretanto houve uma
mulher que me puxou e começou a fazer-me um desenho de henna, nem tive tempo de
dizer que não e depois obviamente que cobrou bastante, mas com uma ligeira
troca de palavras consegui baixar o preço para os 7€.
A meio da tarde decidimos ir tomar um refresco num café
muito bom, chama-se café dês epices e tinha uma boa vista panorâmica sobre a
Medina. É um café que está sempre muito cheio de turistas, mas vale a pena
esperar por um lugar no terraço.
Depois, foi tentar sair da Medina e visitarmos os jardins de
la Menara.
Ao final do dia,
regressámos ao hotel e jantámos no restaurante do hotel.
Dia 3
Durante o pequeno almoço no nosso sítio predilecto, o tal
taxista veio ter connosco e tentou negociar um preço para nos fazer um tour
durante o dia.
Inicialmente os preços não eram muito do nosso agrado, então
optámos por meio dia de tour que nos custou 24€.
Foi sem dúvida uma excelente ideia, pois expliquei ao
taxista que adorava andar de camelo, mas que os desertos eram longe, no entanto
havia um sitio onde se podia ter essa experiência e ele levou-nos lá! Foram
cerca de 30/40 minutos de carro, passámos por zonas muito nobres,com casas de
cortar o fôlego.
Quando chegámos para andar de camelo, estavam a pedir-nos um
preço um pouco acima do que tínhamos imaginado pagar, no entanto o taxista deu
uma ajuda e disse ao amigo para nos fazer um desconto porque éramos estudantes,
etc, etc. Portanto dos 50€ pedidos inicialmente, conseguimos pagar 30€ cada um,
para 1 hora de passeio.
Vestiram-nos a rigor
e ali fomos nós...
La Palmerie
Depois do passeio a camelo, o taxista levou-nos até ao
Palácio Bahia. A entrada tem um custo de 1€.
É um local com muitas salas, onde predomina o azulejo.
Vale a pena a visita!
Após a visita ao
Palácio, já tínhamos terminado o tour com o taxista, por isso tivemos de ir a
pé do Palácio até à Medina, pelo caminho encontramos uma casa que vendia
"produtos regionais", infelizmente não decorei o nome, mas na rua
estava uma mulher a fazer o pão típico e
vendia por uma dúzia de cêntimos e tinha um sabor inexplicável.
Chegámos à Medina e
almoçámos por lá. O que não falta são sítios bons para se comer e a todos os
preços.
Depois do almoço começa
a nossa maior aventura em Marraquexe...
O nosso objectivo à tarde era irmos até à Madrassa ben
youssef, que era uma faculdade islâmica do século XII, é um dos maiores pontos
turísticos, como não sabíamos lá ir, apanhamos um táxi na praça Djemaa El-Fna até à Madrassa, pagámos 4€, era super perto.
Mas por causa da Medina e das ruas estreitas o taxista não nos conseguiu levar
até à entrada. Deixou-nos num lugar próximo e disse-nos que era só seguirmos em frente que encontraríamos... pois, esse sempre em frente levou-nos para uma
parte da Medina em que já não havia turistas e sentimos que estávamos
completamente perdidos.
No entanto, em
Marraquexe achávamos que a melhor solução quando estamos perdidos é pedir ajuda
a alguém, a troco de uns tostões obviamente, mas não correu nada como planeado.
Vimos um rapaz com
cerca de 20 anos, com um ar super simpático e que sabia falar inglês!
Perguntámos-lhe então onde ficava a tal Madrassa, o rapaz todo contente disse
logo que sim que nos levava e que era super perto, fomos todos entusiasmados,
mas depois de andarmos cerca de 10 minutos achámos estranho nunca mais
chegarmos e parecia que cada vez nos afastávamos mais da zona onde seria
possível ser. Perguntámos ao rapaz porque estávamos a andar tanto e ele
disse-nos que a Madrassa estava fechada àquela hora por causa do Ramadão mas
que ia-nos levar à fiesta del colore. Não era nada disso que nós queríamos,
estávamos a entrar em desespero, pois era uma zona super suja, cheia de moscas,
tinha um cheiro horrendo e estava cheia de marroquinos.
Estávamos a toda a hora a dizer-lhe que queríamos voltar
para trás, para nos deixar na Madrassa...a resposta era sempre a mesma, que
depois da fiesta del colore nos deixava na Madrassa. Por momentos pensámos em
descartar a ajuda ou até mesmo fugir, mas onde estávamos era impossível.
Passado uns 30 minutos começo a sentir um cheiro horrendo,
já me estava a dar uma valente volta ao estômago quando o rapaz nos apresenta a
um amigo que de imediato nos dá hortelã para pormos junto ao nariz. Aí
percebi que nos encontrávamos numa zona onde havia o tratamento de peles.
Explicaram-nos então como funcionava o tratamento e fabrico
das peles, depois o rapaz disse-nos que nos ia levar à Madrassa...finalmente,
pois era mesmo isso que queríamos! Já não sabíamos o que fazer! Achámos então
que estávamos a caminho, quando de repente pára e mete-nos numa loja. o Sr da
loja fecha a porta e mostra-nos tudo e mais alguma coisa para comprarmos. Nós
sempre dissemos que não queríamos comprar nada e sendo tudo de pele, eram
preços que não poderíamos pagar naquele momento. O homem não nos deixava sair
da loja se não comprássemos alguma coisa. Obrigou-nos então a comprar um cinto.
Mas comprá-mo-lo por 10€ depois de mais de meia hora a explicar que não podíamos
gastar muito mais dinheiro ali.
Eu já estava super
stressada e revoltada com a situação que disse ao rapaz que nos deixasse em paz
e dei-lhe 10€ para nos deixar ir à nossa vida, pois o que nós tínhamos pedido
era para ir até à Madrassa, não era aquilo. Quando se está a passar esta
situação, o rapaz diz que o que estou a dar não é o suficiente, que aquilo tinha sido um
tour e que eram 50€. Voltei a frisar que nós não tínhamos pedido nada daquilo,
etc, etc. Damos por nós com os
Marroquinos todos a olhar, quase a quererem comer-nos vivos e até um rapaz que
passou de mota e assistiu à situação disse que tínhamos de dar o dinheiro...
sentimo-nos completamente ameaçados e forçados a dar o que tínhamos.
Estávamos
completamente perdidos, até que nos lembrámos de ligar os dados móveis com a esperança que o GPS nos levasse até à Medina Principal, pois já nem
dinheiro tínhamos para entrar na Madrassa.
Durante todo o percurso em que seguíamos o GPS, eram muitos os
Marroquinos que olhavam para nós e diziam que estávamos a ir pelo caminho errado
(como se soubessem para onde íamos), ou seja, percebemos que é o truque que
utilizam para nos fazer perder e sermos levados a pedir ajuda e depois pagarmos por isso.
A caminho do hotel, ainda nos tentaram vender haxixe. Começam com perguntas do género, onde somos, se estamos num hotel, se fumamos... e no fim dizem que vendem uma coisa muito boa a um bom preço.
A caminho do hotel, ainda nos tentaram vender haxixe. Começam com perguntas do género, onde somos, se estamos num hotel, se fumamos... e no fim dizem que vendem uma coisa muito boa a um bom preço.
Terminámos o dia na
piscina do hotel, a tentar esquecer tudo o que nos tinha acontecido.
Dia 4
Era o nosso penúltimo dia em Marrocos!
Como estava muito calor, aproveitámos a manhã pela piscina,
assim como os outros hóspedes o fizeram, estava mesmo insuportável, almoçámos
no Restaurante do hotel e fomos fazer um banho Marroquino no hotel.
Quando chegámos ao
SPA fui mandada para uma sala onde tive
que me despir totalmente e vestir um roupão, depois mandaram-me dirigir a uma
sala onde fiquei eu e outra mulher. Basicamente o processo é o seguinte, a
senhora que está igualmente nua, tem apenas um pareo a semi tapar as partes
mais íntimas, pega num balde de agua e
molha-me o corpo, depois manda-me deitar de barriga para baixo e esfrega-me com
um sabonete e uma esponja de esfoliação. Vale a pena o ligeiro sofrimento, a
pele fica mesmo super limpa!
Depois tentámos ir
novamente à Madrassa, e desta vez usámos o GPS (sim porque usar mapas é para
esquecer), pelo caminho encontrámos-nos com uns turistas e perguntá-mos-lhes se
o GPS nos estava a mandar para o local certo e disseram que sim, mas
avisaram-nos logo para não aceitarmos a ajuda de ninguém, logo aí percebemos
que lhes deve ter acontecido o mesmo!
Quando chegámos à
Madrassa, estava fechada. E mais uma vez ficámos sem ver a belíssima faculdade. Nesse momento vemos um casal de brasileiros a levar com a mesma conversa da fiesta del color e como os Marroquinos não percebiam português aproveitámos para lhes chamar a atenção do que nos tinha acontecido, que era para não irem na conversa. Os Marroquinos viram que lhes estávamos a estragar o negócio e começaram a chamar-nos toda a espécie de nomes e perseguiram-nos pela Medina. Quando achámos que já não estavam atrás de nós ficámos super aliviados, mas depois ouvimos novamente os berros deles a dizerem que se nos voltássemos a meter nos negócios deles havíamos de ver e continuaram a mandaram-nos para todos os sítios e mais alguns. Resolvemos então sair daquela zona o mais rápido possível e ir até à zona principal da Medina, até ao café Argana, ver o pôr do Sol e
aproveitar para fazer as últimas compras, pois ao final do dia é quando se
consegue comprar a preços mais baixos.
Apesar do café Argana
ter sofrido com um atentado em Abril de 2011, vale mesmo a pena meter o medo de
lado e tomar nem que seja um simples refresco!
Vista do café Argana (Dia)
Vista do café Argana (noite)
Quando chegamos ao café, fomos revistados, o que dá uma
sensação de segurança e quando chegamos ao terraço, ficamos boquiabertos com a
vista magnífica sobre toda a Medina e a Mesquita da Koutoubia.
Tomámos então um
refresco e ficámos a observar o cair da noite. Confesso que foi o melhor
momento das minhas férias. Gostámos tanto que jantámos no Argana!
Daí conseguimos ouvir a espécie de buzina que indica que o
sol já se pôs e que os islâmicos já podem comer e fazer a reza. É magnifico ver
todas as pessoas a juntarem-se como formigas no mercado juntamente com as suas
famílias, ou mesmo a dirigirem-se às suas casas para a refeição.
Jantar no Argana
Por volta das 21h00 começamos a ouvir o género de uns
cânticos e eram centenas ou atrevo-me a dizer mesmo milhares de pessoas a
dirigirem-se à Mesquita, nunca tinha visto nada assim. Decidimos segui-los e
ver o que iria acontecer.
Era a hora da reza, deu a entender que era a reza mais importante do dia, cada um tinha a sua toalha para pôr no chão e ocuparam todo o espaço fora da Mesquita ao ponto de cortarem a estrada e haver pessoas no meio da estrada, viradas em direção a Meca, a rezarem. Existe claramente uma distância entre os turistas e os muçulmanos nesta situação, é algo que aconselho a quem vai na altura do Ramadão ver.
Muçulmanos a ir para a Mesquita
Depois de assistirmos um pouco à reza, tentámos apanhar um táxi para regressar ao hotel, mas foi bastante difícil porque era a hora da reza e além disso a estrada estava cortada, o que nos obrigou a andar mais de meio do caminho para conseguir um táxi.
Como era a última noite fomos a um café próximo do hotel, comemos um crepe e observámos que em todas mesas muçulmanas havia uma chávena de café e uma garrafa de água (mas em todas as mesas mesmo) e resolvemos perguntar se era por causa do Ramadão, o que nos responderam era que é um hábito que têm e que na compra de um café oferecem a água.
Dia 5
E chegou o dia da despedida da maravilhosa cidade que é Marraquexe.
Apesar de alguns contratempos, do calor e de termos gasto um pouco mais que era suposto, adorámos e estamos ansiosos por voltar.
Como estava muito quente não aproveitámos o tempo na sua totalidade e ficou-nos visitar os jardins Majorelle, a Madrassa, El badi Palace e La Menara. Mas quando voltarmos queremos aproveitar para conhecer outras cidades, pois há muito para descobrir na imensidão de Marrocos...
Conselhos:
-Ter sempre a morada do Hotel
-Negociar sempre o preço antes de entrar num táxi (e ter a certeza que o taxista percebeu o valor)
-Se souber falar francês melhor, pois inglês não é de todo com os Marroquinos
-A melhor altura para se regatear no Ramadão é ao final do dia, pois já estão cansados e só querem vender por mais pouco que seja
- Não coloque o dinheiro todo no mesmo sítio, pois se tiver a comprar alguma coisa e virem que tem mais dinheiro serão bastante insistentes
- Evite andar com notas de elevado valor. quanto mais baixo for o valor da nota melhor.
- Tente ficar com o numero de algum taxista de confiança, pode dar sempre jeito!
- Quem tem Nacionalidade Portuguesa não necessita de visto, no entanto pergunte na embaixada se tem alguma validade mínima do passaporte.